Os dias se tornam iguais, eu visto roupas iguais, vejo pessoas iguais. Tudo anda na mesmice de sempre, sem novidades. Eu estou entorpecida pela chuva que cai nas minhas costas, e em mensagens subliminares, me faz pensar em tudo. Aumenta a minha angústia também igual, que traz medos iguais, me leva a esconderijos iguais. Novos horizontes, novos rumos, o alto da montanha, num arranha-céu, ao léu. O novo atrai, o novo ilude, mas o que seria do velho se um dia não tivesse sido novo? Isso nunca vai ter fim!



A vida é composta de aparências, felicidades tão incompletas que se tornam ilusão, canções fáceis que cantamos ao longo da tarde. Isso não é um jogo de palavras cruzadas onde tudo se encaixa, é a vida fazendo e desfazendo como quiser. Ação e reação, vontade de gritar. E a violência travestida faz seu trottoir.


Já não somos como já fomos. Francamente... Estranha coisa pra se dizer.


O tempo ta passando pela infinita highway, o mundo gira, e tudo fica distante, longe, longe aqui do lado, próximo de fotos. Não pode ser, será?


O medo está nos olhos, na pele, até posso toca-lo. O novo mundo é cheio de incertezas que não posso suportar. Onde estão os caras que me fazem rir? Cadê aquela turma que me fazia feliz? Será que acabou mais uma vez? Como? Quando? Eu não sabia, eu não tinha percebido...

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