Vem assoprar em meus olhos, uma singela caricia toca minhas orelhas. Estou aqui nessa sala, estou aqui, quieta e calada, olhando para meus dedos, olhando pela porta, escutando um pássaro estranho que está em cima do muro, um pouco mais quieto, um pouco mais mudo, um abraço, um afeto, um desejo, um carinho qualquer, muitas palavras para digitar, poucas com traduções coerentes e relativamente com objetividade correta para quem as lê, um minuto de atenção, um segundo sem inspiração, dedos sobre o teclado, inquietos e quietos, impacientes e pacientes, objetivos e confusos, um suspiro, um cheiro, um perfume, um olhar, uma abraço mais próximo, uma sensação de encontro uma sensação de desencontro, cabelo tocando o rosto, cabelo tapando a visão, mais um minuto de atenção, mais um segundo de frio, uma forma enigmática de escrever, um amontoado de palavras sem nexo, e sem coerência, eu sinceramente não sei, mas tem momentos em que palavras sem nexo são as mais perfeitas, tem momentos, em que frases e desejos se unem e formam algo do qual não existe explicação.

É a vida, bonita e confusa como ela deve ser, com dificuldades e facilidades que devem existir, é a vida, com os mistérios encontrados em cada gesto, é a vida, com a esperança, o mistério de saber e não saber, palavras complexas e confusas, as vezes nem tanto, as vezes sim, eu não sei!, Mas é a vida, aqui, ali, lá, aonde quer que exista, é a vida sendo mostrada em um abraço, em um sorriso, em um beijo, em um oi! Tchau! Adeus! Uma confusão enigmática e complexa aos nossos olhos, apenas uma sensação...