Devaneios sóbrios ou depois da festa

 
Aos pouquinhos, Margot se desprende da história e faz da sua memória fagulhas pelo ar. Lábios de carmim, perfume caro, vestido solto e vontade de ser feliz. Ela caminha pela rua, chama o táxi, perde o dinheiro, o juízo e no final da festa foi a que mais sorriu para o garçom – tudo para um drinque grátis e palavras pagas. O clichê de Margot era a sua beleza inseparável e suas memórias diminutivas. Não lembrava datas, não lembrava nomes, não amava cores e temia a morte.

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