No colchão macio, Carolina curtia o tédio, roía unhas. Saboreava as horas, passava sua língua de gato em cada ponteiro. Rastejava pelo tapete, suava pelos poros da mente, sorria no espelho.
Os cabelos desalinhados indicam que ela acordou há pouco. Os olhos pequenos pediam proteção.
Não queria notícias, nem portais, nem telefone, TV ou radio. Naquele dia, Carolina queria gozar o mundo em seu quarto, imaginando os braços de Tarso tomando seu corpo.
Caleidoscopizou todos os olhares e fez uma cantiga de roda.
Um dia Carolina seria feliz...
Nenhum comentário:
Postar um comentário