não pude conter a lágrima cair ao sentir tua presença -
misto de amor, rancor e tristeza.
O olho capta a tua imagem em cada vagão – lembra a tua mão
segurando meu braço com força, discussões à beça, e por mais que eu peça,
implore e sufoque essa imensidão de lembranças elas não cessam.
Lembro exatamente aquele fio de cabelo – navalha na carne –
do sangue estancando com sal, do gole mais longo, do tombo e de tudo. Você podia sumir de mim, desgarrar as
cicatrizes e cuidar de ti. Ah, se você soubesse o quanto devastou os campos
daqui talvez tivesse remorso e se jogasse do viaduto. Três da madruga. Sol querendo
nascer. Frio, ferro e fogo. Tudo o que lembro é assim.
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